segunda-feira, março 16, 2009

Contem-me como foi.

Colaboro com o Centro de Sondagens e Estudos de Opinião da Católica desde 1999. A partir do momento em que fiquei responsável pelas sondagens políticas, comecei a arquivar os resultados. O que mostro de seguida são as estimativas de resultados eleitorais desde essa altura, nas sondagens do CESOP/Católica, para o PS e o PSD, até à mais recente sondagem (Dezembro de 2008). São 29 sondagens, em regra trimestrais, mas cuja regularidade foi por vezes perturbada por razões de calendário eleitoral (das legislativas - maior regularidade - e de outras eleições - impondo maior espaçamento) e outros condicionalismos. As linhas de referência verticais são as eleições, com os respectivos resultados.

Se coloco aqui isto é porque me suscita uma questão muito simples. Para alguns, a resposta vai ser fácil: as sondagens não prestam, ou têm dificuldade em captar determinado tipo de eleitores em períodos longe das eleições, etc e tal. Tudo bem. Sinceramente, não excluo, mas gostava de perceber que argumentos existem. Mas para outros, a questão permanece: como foi que uma coisa destas aconteceu ao PSD?

P.S.- Por aqui a discussão vai boa.

2 comentários:

Anónimo disse...

Este tema do PSD preocupa muito quem gosta desta situação. Como ressalta do seu gráfico, por alturas de 2002, o PSD também "saltou" para a frente de um mês para o outro. É o que vai acontecer já em Junho. Não é "fancy" votar no PSD, nunca foi, nem nos tempos de Cavaco, mas...

PC

Anónimo disse...

É preciso ter atenção aos nºs dos que dizem que não sabem/não respondem.
Muitos destes são falsos declarantes, falsos potenciais abstencionistas.
E esse aspecto parece-me estar a ser menosprezado. Qual a evolução do nº de pessoas que não responde às sondagens. É aqui que se escondem as alterações de fundo. Primeiro as pessoas não sabem, ou dizem não ir votar, depois perto das eleições já sabem (sempre souberam) é escolhem 1 dos partidos do bloco central.
Uma pergunta do tipo:
"-acha que o PM deve mudar?"
dirigida a este eleitorado é capaz de trazer à tona movimentações de votos que passam desapercebidas numas sondagens que perguntem apenas em que partido votaria hoje.

Cam